quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Biblioteca em ação...












A Professora Célia Cunha, responsável pela Biblioteca Anísio Teixeira, apresentou os resultados do Projeto "Escrevendo com Arte".
Nós assistimos as belíssimas apresentações de poesias e autorretratos...
Realmente, faz um bem enorme ouvir e sentir essas maravilhas!
Parabéns Célia! Você nos surpreende a cada dia!
Parabéns aos participantes! Vocês tocaram fundo em nossa alma... Tudo de bom!
E o nosso pimpolho Flávio, heim... Quem diria! Um poeta em descoberta!!!
Valeu, gente!!!
Queremos mais!!!

4 comentários:

  1. TIVEMOS UMA TARDE MUITO PRAZEROSA REALMENTE, COM MUTAS EMOÇÕES A COMEÇAR PELO PROFESSOR RICARDO, QUE NOS SURPREENDEU COM UM POEMA MATEMÁTICO E AS DEMAIS PESSOAS NÃO FICARAM ATRÁS DECLAMANDO BELÍSSIMOS POEMAS, EMOCIONANDO A TODOS. ANO QUE VEM TEM MAIS, SE DEUS QUISER.

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  2. célia, as fotos ficaram ótimas e mostram o sucesso do seu projeto! gostaria de estar lá com vcs, me deleitando em poesias. parabéns a todos que participaram! bjs leni.

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  3. Célia e seus projetos. Parabéns querida, sua atuação nesta Biblioteca tem sido um sucesso! Isso aí, ano que vem tem mais e muito mais, se Deus quiser. Parabéns!

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  4. Professora Célia
    Fiquei bastante impressionado com a linha poética dos participantes no seu projeto, “Escrevendo com Arte”, como tem gente talentosa. O que pude perceber no seu projeto, que algo similar deveria ser desenvolvido nas escolas com os alunos, e como incentivo premiando com medalhas para as melhores poesias.
    . Por circunstância do tempo não pude produzir a minha. Mas para não chegar ao evento de mãos atadas levei a poesia de Millôr Fernandes.

    Sugestões para Coordenadores, Professores de matemática e demais pessoas interessadas.
    Gestar II – Matemática – Formador: Prof. Ricardo.

    Poesia Matemática, de Millôr Fernandes.
    As folhas tantas
    Do livro matemático
    Um quociente apaixonou-se
    Um dia
    Doidamente
    Por uma Incógnita.

    Olhou-a com seu olhar inumerável
    E viu-a, do Ápice à Base,
    Uma figura Ímpar;
    Olhos rombóides, boca trapezóide.
    Corpo Octogonal, seios esferóides.
    Fez da sua
    Uma vida
    Paralela à dela
    Até que se encontraram
    No infinito.
    “Quem és tu?”, indagou ele
    Com ânsia radical.
    “Sou a soma do quadrado dos catetos.
    Mas pode me chamar de hipotenusa.”

    E de falarem descobriram quem eram
    - O que, em aritmética, corresponde
    A almas irmãs –
    Primos - entre - si.

    E assim se amaram
    Ao quadrado da velocidade da luz
    Numa sexta potenciação
    Traçando
    Ao sabor do momento
    E da paixão
    Retas, curvas, círculos e linhas senóidais.
    Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas
    E os exegetas do Universo Finito.

    Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.

    E, enfim, resolveram se casar
    Constituir um lar.
    Mais que um lar,
    Uma perpendicular.

    Convidaram para padrinhos
    O Poliedro e a Bissetriz.
    E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
    Sonhando com uma felicidade
    Integral
    E diferencial.

    E se casaram e tiveram uma secante e três cones.

    Muito engraçadinhos.
    E foram felizes
    Até aquele dia
    Em que tudo, afinal,
    Vira monotonia.

    Foi então que surgiu
    O Máximo Divisor Comum
    Freqüentador de Círculos Concêntricos.
    Viciosos.

    Ofereceu-lhe, a ela,
    Uma Grandeza Absoluta,
    E reduziu-a a um Denominador Comum.


    Ele, Quociente, percebeu
    Que com ela não formava mais Um todo,
    Uma Unidade. Era o Triângulo,
    Tanto chamado amoroso.

    Desse problema ela era a fração
    Mais ordinária.

    Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
    E tudo que era espúrio passou a ser
    Moralidade
    Como, aliás, em qualquer
    Sociedade.


    Trinta anos de mim mesmo, Millôr Fernandes. Rio de Janeiro, Nórdica, 1972.

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